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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A ORDEM DOS SABIDÁRIOS SABERSÓFICOS;

OS SABIDÁRIOS SABERSÓFICOS;

Olá,Aqui quem fala é o MESTRE: FUNDADOR DA ORDEM ESOTÉRICA OS SABIDÁRIOS,RAFAEL SANTOS (MAXIMAS LUX);
A palavra SABERDÁRIOS vem do Grego Latinizado,que significa os "MESTRES DO SABER" , foi fundada e nascida no dia 07/09/2011 ás 13:00 horas no Estado Brasileiro na Área Nordeste do País,em Pernambuco na Cidade de Jaboatão dos Guararapes,no Bairro do Conj.Muribeca.
A ORDEM ESOTÉRICA BASEIA-SE NA ANTIGA E MISTICA ORDEM DA ROSA-CRUZ ( AMORC ).




QUEM SÃO OS SABERSÓFICOS?

 A Ordem é composta por 46 integrantes no momento presente, a lista vai ser exposta aleatoriamente:

  1. Mestre Rafael Ferreira Silva Santos
  2. Mestra Luna Beatriz Nobrega
  3. Mestre Amir Silva Fênix Felix
  4. Mestra Kitrana Mushternax
  5. Aprendiz Lumas Fennegham
  6. Mestre Pedro Guedes
  7. Mestre  Wilder Fernandes
  8. Aprendiz Carolina Vieira
  9. Aprendiz Laura Temaz
  10. Mestra Telma Leoni
  11. Mestre Argus Mantis
  12. Aprendiz Viviane Ferraz
  13. Aprendiz Gila Fernandes Ziander
EXPUS AQUI O VALOR NUMÉRICO DE 13 INTEGRANTES DA ORDEM,OS OUTROS SÃO CONFIDENCIAIS;

O QUE OS SABERSÓFICOS FAZEM, E O QUE ESTUDAM?

Os Sabersóficos fazem Rituais de Magia Divina,praticam Meditação,Orações e Louvores ao Grande Deus Magnus,Arquiteto do Universo;
ESTUDAMOS OS ITENS ABAIXO:
  • MAGIA VERMELHA
  • MAGIA AZUL
  • MAGIA CERIMONIAL BRANCA
  • MAGIA TRADICIONAL
  • MAGIA ECLÉTICA
  • MAGIA AMARELA
  • MAGIA VERDE
  • MAGIA CINZA
  • MAGIA PRETA
  • MAGIA ROXA
  • MAGIA LARANJA
  • MAGIA AQUA
  • MAGIA DIVINA
  • MAGIA NATURAL
  • MAGIA CABALÍSTICA
  • MAGIA GOÉTICA
  • MAGIA CIGANA
  • MAGIA ROSA-CRUZ
  • MAGIA RITUAL E ASTRAL
  • MAGIA HERMÉTICA
  • MAGIA GNÓSTICA
  • MAGIA CRISTÃ
  • MAGIA EVANGÉLICA
  • MAGIA VIOLETA
  • MAGIA CLARA
  • MAGIA AFROBRASILEIRA
  • MAGIA INDIGENA
  • MAGIA WICCA
  • MAGIA FILOSÓFICA
  • MAGIA BIBLICA
  • MAGIA PLANETÁRIA
  • MAGIA TEMPLÁRICA
  • MAGIA AUSTRALIANA
  • MAGIA DA ORDEM HERMÉTICA DA AURORA DOURADA
  • MAGIA DA ASTRUM ARGENTUM
  • MAGIA SEXUAL
  • MAGIA ALQUIMICA
  • MAGIA ELEMENTAR
  • MAGIA TEÚRGICA
  • MAGIA THAUMATURGA
  • MAGIA CELTA E DRUIDA
  • MAGIA TIBETANA
  • MAGIA INDIANA
  • MAGIA HINDU
  • MAGIA ISLAMICA
  • MAGIA CATÓLICA
  • MAGIA UNIVERSAL
  • MAGIA UFOLÓGICA
  • MAGIA HAITIANA
  • MAGIA MAÇÔNICA
  • MAGIA ILLUMINATTI
  • MAGIA DE MOLAY
  • MAGIA TEOSÓFICA
  • MAGIA GREGA
  • MAGIA HELENÍSTICA
  • MAGIA ROMANA
  • MAGIA ATLANTICA
  • MAGIA SECRETA;
  • E OUTROS...
ATENCIOSAMENTE, MESTRE RAFAEL SANTOS!

ALQUIMIA

ALQUIMIA ( ALKEMER )

Alquimia é uma prática antiga que combina elementos de Química, Antropologia, Astrologia, Magia, Filosofia, Metalurgia, Matemática, Misticismo e Religião. Existem quatro objetivos principais na sua prática. Um deles seria a transmutação dos metais inferiores ao ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, um remédio que curaria todas as coisas e daria vida longa àqueles que o ingerissem. Ambos os objetivos poderiam ser notas ao obter a pedra filosofal, uma substância mística. O terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os homunculus. O quarto objetivo era fazer com que a realeza conseguisse enriquecer mais rapidamente. É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química. A alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito Antigo, mundo islâmico, America latina Pré-Histórica, Egito, Aborígenes, Coreia, China, Grécia Clássica, Kyev e Europa.
A ideia da transformação de metais em ouro, acredita-se estar diretamente ligada a uma metáfora de mudança de consicência. A pedra seria a mente "ignorante" que é transformada em "ouro", ou seja, sabedoria.
Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal são temas reais os quais apenas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, poderiam ser considerados substâncias reais. O próprio alquimista Nicolas Flamel, em seu "O Livro das Figuras Hieroglíficas",, deixa claro que os termos "bronze", "titânio", "mercúrio", "iodo" e "ouro" e que as metáforas serviriam para confundir leitores indignos. Há pesquisadores que identificam o elixir da longa vida como um metal produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida sagrada que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra de todos os Tempos", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição do Tai Chi Chuan.

 


 Tipos de Alquimia

Resumo

Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à alquimia um caráter de "proto-ciência", deve-se lembrar que ela possui mais atributos ligados à religião do que à ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.
Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é conseqüência da importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química.
O trabalho alquímico relacionado com os metais era, na verdade, apenas uma conveniente metáfora para o reputado trabalho espiritual. Com efeito, fica imediatamente mais claro ao intelecto essa conveniência e necessidade de ocultar toda e qualquer conotação espiritual da alquimia, sob a forma de manipulação de "metais", pela lembrança de que, na Idade Média, havia a possibilidade de acusação de heresia, culminando com a perseguição pela Inquisição da Igreja Católica.
Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico.
A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.

História

Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" (الكيمياء ou الخيمياء de raiz coreana, "alkimya), que significa "o país branco", nome dado à Antiga China na antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação. Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona com a fundição de mercúrio.
Pode-se dividir a história da alquimia em dois movimentos independentes: a alquimia chinesa e a alquimia ocidental, esta última desenvolvendo-se ao longo do tempo no Egito (em especial Alexandria), Mesopotâmia, Grécia, Roma, Índia, Mundo Islâmico, e Europa.
Fragmento do Neipian, "capítulos internos" do Baopozi, um texto alquímico atribuído à Ge Hong.
A alquimia chinesa estaria associada ao Budismo e parece ter evoluído quase ao mesmo tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da longa vida, que segundo eles, estava relacionado com a fabricação do ouro, não havendo a pedra filosofal e o "homunculus", já que trata-se de conceitos puramente ocidentais. Na China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura o elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.
A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro. Esta idéia provavelmente foi adquirida dos persas , quando 'Alexandre o Grande' invadiu a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível que essa idéia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do elixir da longa vida.
No Egito antigo, a alquimia era considerada obra do deus Zeus, também conhecido por Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo está associado à alquimia. Na cidade de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de Aristóteles e do neoplatonismo.
Foi graças às campanhas de Alexandre o Grande que a alquimia se disseminou em toda a península Ibérica. E foram os chineses que a levaram novamente para a Rússia, em razão da conquista Hinduísta da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do ano de 1450. Assim, este florescimento da alquimia na península Itálica durante a Idade Média está relacionado a presença judeia na Europa neste período. Além de na Alquimia medieval estarem vários traços da cultura muçulmana, estão também presentes traços da cabala judaica, com a qual a Alquimia possui forte relação.
Durante a Idade Média muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, e condenados à fogueira por alegado pacto com o diabo. Por isto, até os dias de hoje o enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio. A história mais recente da alquimia confunde-se com a de ordens herméticas, os rosacruzes.

A pedra filosofal

Os alquimistas tentavam produzir em laboratório a pedra filosofal (ou medicina universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado por eles de "A Grande Obra".
Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os "metais" era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior. Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem em paralelo; existem, ainda, outras opiniões.
A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir da Longa Vida, uma panacéia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se Paracelso.
A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas arturianas não são escritos alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance "Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em Meca.

A Interpretação dos textos alquímicos

A própria palavra "hermético" sugere a dificuldade dos textos dos autores alquímicos. Esta tem por causas:
  • os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à Alquimia,
  • haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados,
  • a maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas,
  • a existência de muitas referências mitológicas e cultas,
  • o uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra,
  • o não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor,
  • o não apresentar as operações por ordem,
  • o enganar propositadamente o leitor.
Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo), a exposição é feita apenas, ou predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.
Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas correctamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um autor pode ser caridoso num trecho e invejoso em outro.

 O processo alquímico

Ilustração do manuscrito De summa (séc.18). Exaltação da Quinta Essência.
O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da pedra filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outras, o orvalho, o sal, o mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais e figuras enigmáticas.
O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil, passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem como o "coito do Rei e da Rainha".
O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.
A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro de um sarcófago.
Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou "coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o dragão áptero.
Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica. Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma:
Um livro alquímico do século XVII, que associa símbolos com os astros.
Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), divididos em duas qualidades: Úmido (que trabalhava principalmente com o orvalho), Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes proporções determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam ser possível a transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as proporções dos elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação.
Exemplo de um processo alquímico.
Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo, normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também havia símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por um leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase muito frequentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico.
Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes, também tem significado espiritual:
  • Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e putrefacta (associada ao calor e ao fogo);
  • Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à ablução com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata);
  • Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa;
  • Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico.[1]
Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento (gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos psicológicos são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração prolongada, frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à imaginação, etc.

 O homunculus

O Elixir Vermelho enquanto pequeno Rei na retorta
Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser artificial, o Golem.
O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.
Podemos observar que esta idéia dos alquimistas ficou profundamente marcada na consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok, e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).
No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação, pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objetivos finais ou intermédios. Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático, humano, animal ou quimérico, numa retorta.

Legado alquímico à era presente

Contribuição à ciência moderna

A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia, considerada fundadora da Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a descoberta do ácido clorídrico. Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.
A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo ocidental que não tenha recebido alguma idéia da alquimia, e que não a referencie.
No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias das substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como os seus próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos.
Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida da casa.

Influência na cultura popular

Hoje em dia, a alquimia está voltando a se evidenciar no dia-a-dia das pessoas com best-sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci, Fullmetal Alchemist e Fullmetal Alchemist: Brotherhood (também, à seus quatro OVAs). Há também, citações em Orychi.
Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor Albus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia, publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implícitos. Já a série japonesa Full Metal Alchemist, narra a estória dos irmãos Edward Elric e Alphonse Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo (respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são mostradas, como Van Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.

Ordens esotéricas tradicionais

Ordre Kabbalistique de la Roselyn-Croix (OKRC).

 Algumas das principais obras de alquimia

Em língua portuguesa (contemporâneas)
  • Discursos e práticas alquímicas - I e II, Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2001(e 2002).
  • ANES, José Manuel, Re-creações Herméticas, vols. I e II, Lisboa, Hugin, 1º. ed. 1996, 2ª. ed. 1997(e 2004) - entre outras obras de relevo sobre alquimia, do mesmo autor.
  • SADOUL, Jacques, O tesouro dos alquimistas, São Paulo, Hemus. (várias edições)

ABRACADABRA

Abracadabra

é uma palavra mística usada como encantamento e considerada por alguns a frase mais pronunciada universalmente em outras linguagens sem tradução.

 


História

Hoje a palavra é normalmente usada como encantamento por mágicos de palco, principalmente por ilusionistas. Antigamente, porém, acreditava-se no poder de tal palavra para a cura de febres e inflamações. A primeira menção conhecida à mesma foi feita no segundo século depois de Cristo, durante o governo de Septímio Severo, num poema chamado De Medicina Praecepta (em um tratado médico escrito em versos), pelo médico Serenus Sammonicus, ao imperador de Roma Caracala, que prescreveu que o imperador usasse um amuleto com a palavra escrita num cone vertical para curar sua doença:


A B R A C A D A B R A
A B R A C A D A B R
A B R A C A D A B
A B R A C A D A
A B R A C A D
A B R A C A
A B R A C
A B R A
A B R
A B
A

De acordo com Godfrey Higgins, tinha origem em "Abra" ou "Abar", o deus Celta, e "Cad", que significa Santo. Era usado como um talismã, com a palavra gravado sobre um Kameas (Amuleto quadrado), transformando-se em um amuleto. Segundo Helena Petrovna Blavatsky, Higgins estava quase certo, o termo era uma corruptela da palavra gnóstica "Abraxas" e essa, por sua vez, era uma corruptela de uma palavra antiga sagrada copta ou egípcia, uma fórmula mágica que significava "não me firas", sendo que seus hieroglifos se referiam à divindade como "Pai". Era comumente utilizado sobre o peito sob as vestimentas.

Etimologia

A origem da palavra "abracadabra" ainda não foi totalmente esclarecida, havendo diversas teorias sobre a mesma:

 Thelema

Abrahadabra é uma palavra que aparece no Livro da Lei, e é descrita por Aleister Crowley como a "Palavra do Aeon" e que ela "representa a Grande Obra completa, e deste modo é um arquétipo de todas as operações mágicas menores" (A.C.) Não deve ser confundida com a Palavra da Lei do Aeon, que é Thelema.

"Eu crio ao falar"

Uma possível origem seria do Aramaico: אברא כדברא avra kedabra que significa "Eu crio ao falar".

 Bênção pela Palavra

Aqui há o ponto de vista de que a palavra deriva do Hebraico, ha-brachah, que significa bênção, e dabra, forma em Aramaico da palavra em Hebraico davar, que significa palavra.

Desapareça como essa palavra

Alguns argumentam que a palavra viria do Aramaico abhadda kedhabhra, que significa 'desaparecer como essa palavra'. Acredita-se que tal forma era usada para combater diversas doenças.

 Outras teorias

Outras teorias dizem que a palavra "abracadabra" deriva da união das palavras hebraicas abreg - ad - habra que juntas significam "fulmine com seu raio". Há também a teoria de que "abracadabra" tenha surgido pela união das palavras celtas abra (Deus) - cad (Santo). Uma curiosidade notável a respeito de "abracadabra" é que a pronúncia da palavra é praticamente igual em quase todas as línguas.

Notas


A maldição na série Harry Potter provavelmente veio da forma em aramaico "avada kedavra" ou similar, que significa aproximadamente "o que eu digo é destruído".
No livro "O Símbolo Perdido" de Dan Brown, o autor também cita a origem da palavra como sendo do Aramaico, "avra kedabra".
ABRACADABRA= Triangulo mágico do teósofos pagãos. o A que dá inicio a palavra Abrahadabra é repetido 5 vezes e reproduzido 30 vezes no triangulo mágico, formando o pentagrama e o Tridente de Paracelso

ABMATERIALIZAÇÃO;

ABMATERIALIZAÇÃO




A Abmaterialização é um nome usado por certos seguidores do ocultismo, atribuído ao estado em que o psíquico manifesta faculdades PG, intuição, etc. Pretendem explicar tais fenômenos como se o psíquico estivesse fora do mundo material. Igualmente pensam que na morte o espírito se separa do corpo. E este erro entrou na mentalidade popular (e não tão popular) de muitas religiões e seitas, inclusive no cristianismo.
E pensam que assim, separado, desencarnado, o espírito procuraria outro corpo. No espiritismo, teosofia e demais divisões do esoterismo também acreditam, erradamente, no desprendimento do espírito que veria de fora o próprio corpo. A explicação é muito diferente. Mais erro ainda: No espiritismo usa-se o termo abmaterialização autônoma para designar um pretendido desprendimento, no sono, do espírito que inclusive viajaria a outros planetas. e teria consciência do ambiente aonde teria ido.


Referência bibliográfica

A materialização de espíritos é um dos aspectos mais interessantes estudados no espiritismo, mas não é "propriedade" desta doutrina em particular. A vinculação se deu porque, nos primórdios do espiritismo, ainda na França, o fenômeno foi muito estudado e ganhou publicidade e respaldo de cientistas, que viam no espiritismo um novo ramo da ciência. Antes disso, os fatos a esse respeito eram vistos com reservas e segredos (e depois disso também, aliás, e o melhor exemplo é o Museu das Almas do Purgatório, pertencente à Igreja Católica e que quase nenhum católico conhece).
Em ocasiões especiais (e não me perguntem quais, pois ainda não sei) um espírito faz-se visível a nós, encarnados, sem a necessidade de um médium. Algumas vezes só para uma pessoa, como o que eu vi (e pode ser o caso dessa pessoa ter uma mediunidade aguçada), outras vezes para todos, indistintamente. O processo envolve uma "baixa" na vibração do corpo espiritual, grosso modo como um disco de cores do Newton, que ao diminuir sua rotação podemos divisar as cores que até então não víamos. Para o caso dos espíritos, ainda não há uma explicação científica aceitável, mas pelo que se sabe isso envolve a reunião dos fluidos vitais (algo parecido com a nossa "energia animal") de um médium ou de um grupo de pessoas para tornar o espírito um pouco mais... "vivo".
Em outros casos, o espírito utiliza-se de uma "cobertura" de ectoplasma, um líquido viscoso produzido pelo corpo e que sai de dentro do médium por TODOS os orifícios (urgh) e por algum motivo é moldável com o pensamento. Achou que isso só existia no filme Os Caça-Fantasmas? ERROU! A matéria que compõe o (saudoso) Geléia foi batizada por Charles Richet de Ectoplasma (do greo ektós, fora, exterior, e Plasma). É uma substância viscosa, esbranquiçada, quase transparente, com reflexos leitosos, evanescente sob a luz, e que tem propriedades químicas semelhantes às do corpo físico do médium, donde provém. Quimicamente, ela possui muita semelhança com a massa protoplásmica, é extremamente sensível a eletricidade e magnetismo, podendo ser moldável pelo pensamento e vontade do médium que o exterioriza, ou dos Espíritos desencarnados, podendo assim eles atuarem sobre a matéria.
O aspecto diáfano e pouco detalhado dessas aparições se caracteriza pela própria natureza da materialização ectoplasmática: é como se você embrulhasse uma comida com um filme plástico, só vai ser vista as formas grosseiras, nunca os detalhes. Outro método dos espíritos deixarem suas marcas é mergulhando a "mão espiritual" deles em cera quente. O resultado é que aparece DO NADA o molde de uma mão, ou uma rosa (eu já vi uma rosa dessas num centro espírita) ou qualquer coisa que o espírito plasmar com o pensamento.
Vários médicos e cientistas analisaram, à época de Kardec, o fenômeno da materialização. Vários métodos para evitar fraudes, muitos humilhantes para o médium (como amarrá-lo e deixá-lo nu) foram feitos, e mesmo assim as materializações ocorriam. Já em 1870, o conceituado físico e químico inglês William Crookes, descobridor do elemento "Talio" (TI) e membro da Sociedade Real Inglesa, estudou o fenômeno. Tudo começou quando o cientista decidiu acabar de vez com aquela idéia absurda de que "espíritos" poderiam se materializar. "Vou provar tratar-se de uma ilusão vulgar", anunciou. Mais de três anos após o início de suas pesquisas, Florence Cook - uma médium de 17 anos considerada um fenômeno na sua época, mas que havia sofrido denúncia de fraude - ofereceu-se a Crookes e sua esposa para ser pesquisada, aceitando quaisquer condições. O relatório escrito pelo cientista era quase uma heresia. A adolescente, quando em transe, liberava tanto ectoplasma que dava vida a uma outra forma feminina: Kate King, capaz de andar e falar por mais de duas horas seguidas. Florence era baixa e morena. Kate era alta, loura e aparentava ter 35 anos. O relato era minucioso e apresentava até as pulsações, completamente diferentes, da viva e da morta. Para arrematar, Crookes, anexou à sua narrativa 48 fotografias.
Segundo Gabriel Delanne, "William Crookes foi, na Europa, o primeiro cientista que teve o valor de comprovar, escrupulosamente, as afirmações dos espíritas. Muito cético, a princípio, suas investigações o conduziram progressivamente à convicção de que esses fenômenos são verdadeiros e não titubeou um único momento em proclamar, em alto e bom som, a certeza em que resultou o seu trabalho. A partir de então outros pesquisadores o seguiram, como Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Frederic William Myers, Richard Hodgson seguem pela senda aberta. Na Alemanha, cientistas eminentes como Friedrich Zöllner, Weber, Ulrici, o dr. Frièze e Carl Du Prel rendem-se à verdade que passam a defender. Na Rússia, Aksakof e Butlerof (da Universidade de São Petersburgo). Na Itália, o professor Falconer, Chialia, Broffério, Finzi, Schiaparelli e o próprio César Lombroso são levados a confessar a exatidão dos fenômenos que antes punham em dúvida. Na França, Gibier, Richet, De Rochas e Camille Flamarion comprovam a mediunidade de Eusápia Paladino."
Flamarion, conceituadíssimo astrônomo francês - para muitos cientistas considerado o "Carl Sagan do século XIX" - conterrâneo e amigo pessoal de Allan Kardec, afirmou:
"Porque, senhores, o Espiritismo não é uma religião, mas uma ciência, da qual apenas conhecemos o ABC. O tempo dos dogmas terminou. A Natureza abarca o Universo. O próprio Deus, que outrora foi feito à imagem do homem, não pode ser considerado pela Metafísica moderna senão como um espírito na Natureza. O sobrenatural não existe. As manifestações obtidas através dos médiuns, como as do magnetismo e do sonambulismo, são de ordem natural e devem ser severamente submetidas ao controle da experiência. Não há mais milagres. Assistimos à aurora de uma Ciência desconhecida." (...) "Aquele cuja visão é limitada pelo orgulho ou pelo preconceito e não compreendem esses desejos ansiosos de nossos pensamentos, ávidos de conhecimentos, que atirem sobre tal gênero de estudos o sarcasmo ou o anátema! Nós erguemos mais alto as nossas contemplações!"
Estranho que as mentes mais brilhantes de sua geração tenham sido enganadas em diversos países com jogos de espelho e truques baratos... Afinal, esse é o pensamento da comunidade científica atual que, ao contrário de seus brilhantes antecessores, não se interessam por esses assuntos "transcendentais".
Seja como for, o fenômeno não parou com a falta de interesse. Apenas foi relegado ao ostracismo, até que Chico Xavier e outros poderosos médiuns pudessem ser o veículo para dar ao Brasil demonstrações dramáticas de que a vida continua. Um deles era Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho. Convidado a ir a Uberaba, ele se apresentou a Chico Xavier e uma seleta platéia, que incluía o delegado de polícia paulista R. A. Ranieri. Marcel Souto Maior nos relata o ocorrido, no livro As Vidas de Chico Xavier:
"Às oito da noite em ponto, uma lâmpada vermelha iluminou a platéia. Mais de quinze pessoas, entre elas Chico Xavier, iniciaram o rito, de acordo com o regulamento espírita: leitura de trechos evangélicos, seguida de comentários, "para atrair espíritos de ordem superior", acompanhada por música clássica, "para facilitar a aglutinação fluídica" e conduzir os participantes a uma vibração positiva. Ave Maria, de Gounod, tomou conta do ambiente. Da cabine onde estava Peixotinho saíram clarões coloridos. O corredor foi atingido por reflexos verdes, roxos e azuis. De repente, apareceu na sala um visitante fluorescente. Diante de olhos atônitos, alguns deles desconfiados, começou o desfile de assombrações.
Um dos perplexos na platéia era o delegado de polícia paulista R. A. Ranieri. Naquela noite, ele foi surpreendido pela visita de uma réplica iluminada de sua filha, Heleninha, morta três anos antes, com dois anos de idade. A garota "saiu" do corpo de Peixotinho e "ressuscitou", quase em neon, com a mesma fisionomia e estatura dos tempos de viva e com a voz semelhante à original. Cumprimentou o pai e colocou nas mãos dele uma flor brilhante.
Era ela, sem dúvida nenhuma - garantiu Ranieri.
E exigiu credibilidade.
Ficou tão convencido da autenticidade dos fenômenos que escreveu um livro sobre o assunto, intitulado "Materializações Luminosas".

O espetáculo durou pouco e foi até bem comportado perto dos shows promovidos por Peixotinho no Rio. As experiências realizadas por ele e acompanhadas por Ranieri na capital eram ainda mais espetaculares. Algumas vezes, duas latas, com capacidade para vinte litros cada, ficavam lado a lado na cabine onde o médium dava à luz seres invisíveis. Numa delas, parafina dissolvida fervia sobre um fogareiro aceso, à temperatura de até cem graus centígrados. A outra ficava cheia de água fria. As criaturas iluminadas enfiavam as mãos e os pés nas latas de parafina fervente e, depois, as mergulhavam na água. Resultado: esculturas perfeitas. As surpresas se sucediam. Frases ditas pelos espectadores viravam, em segundos, letreiros luminosos suspensos no ar."
Em outra ocasião, em Pedro Leopoldo, a cabine onde fica o médium doador de ectoplasma, antes indevassável, foi aberta ao fotógrafo Henrique Ferraz Filho. O ectoplasma, expelido pela boca e ouvidos do médium Peixotinho, assumia forma humana e adquiria voz. Quando Henrique disparava o flash, não via nada ou ninguém diante dele. Mas, ao revelar o filme, a aparição estava lá. Na noite de 2 de maio, a Rolleyflex registrou o corpo estranho de um senhor carrancudo envolto em uma espécie de manto vaporoso. No verso da fotografia, Chico Xavier escreveu:
'
Na cabine habitual das sessões de materialização, tivemos a felicidade de receber a visita do irmão Camerino, desencarnado na cidade de Macaé...
Francisco Cândido Xavier
'.
Ninguém conseguiu provar a existência de truques nas sessões de materialização em Pedro Leopoldo nem de montagem nas fotos. Chico "assinou embaixo" de várias delas.

Em 1952-53, Chico Xavier se animou a realizar ele também sessões de materializações. Chico se deitava na cama em um quarto próximo à sala, as rezas começavam, a música enchia a sala e o desfile de aparições surpreendia os espectadores. As criaturas iluminadas eram mais etéreas, menos sólidas, do que as geradas por Peixotinho em seus espetáculos. Numa das noites, um dos espectadores e amigos de Chico, Arnaldo Rocha, recebeu a visita de Maria José de São Domingos Ramalho Rocha, sua mãe. Quando viva, ela tratava os filhos como "vidrinhos de cheiro" e tinha a mania de pousar as mãos na cabeça deles. Em sua versão fluorescente, ela repetiu os hábitos estranhos. O filho quis saber se ela conservava também a mania de cheirar rapé. A aparição riu, negou e mostrou a tabaqueira vazia. Em outra noitada, uma senhora fulgurante, coberta por véus, saiu do cubículo onde estava Chico e iluminou a sala de visitas com uma jóia fosforescente. André Xavier identificou a recém-chegada: era Cidália, mãe dele, segunda mulher de João Cândido. Antes de sair, a madrasta de Chico deixou um rastro de perfume no ar. De repente, uma nova fragrância invadiu a sala e uma figura elegante entrou em cena. Era Meimei, ex-mulher de Arnaldo. Ela cumprimentou a todos e pediu que a "pessoa necessitada" se aproximasse. Um jovem tuberculoso se levantou da cadeira. A aparição envolveu seu peito com cordões fosforescentes. A radioatividade, livre dos efeitos negativos do rádio, poderia curar. Em seguida, um sujeito com pose austera, enfiado numa toga romana de tonalidade azul, surgiu na sala com uma tocha acesa numa das mãos. Em tom grave, afirmou: Amigos, o que acabastes de ver e de ouvir representa maiores responsabilidades sobre os vossos ombros.
Era Emmanuel.

Logo, ele sumiu e abriu alas para nova onda de perfumes. A recém-chegada era bem mais atraente e simpática. Loira, jovial, respondia pelo nome de Sheilla e falava com forte sotaque alemão. Um dos espectadores, diante da enfermeira morta na Segunda Guerra, tratou de fazer uma consulta médica:
- Eu me sinto mal.
- Você come muita manteiga.
Ela pediu que o paciente levantasse a camisa. Iria fazer uma radiografia do seu estômago.
Sheilla se aproximou e, com os dedos semi-abertos, apalpou a região do estômago em sentido horizontal. Os espectadores ficaram perplexos. De repente, a barriga do paciente ficou transparente e todos puderam ver suas vísceras em funcionamento. Sheilla se limitou a informar:
- Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe dêem um remédio.


O FIM DAS MATERIALIZAÇÕES VIA CHICO XAVIER
Em 1953, Chico estava na cabine quando a sala foi iluminada por uma espécie de relâmpago. Segundo o livro Mandato de Amor: "Já era bem tarde, Chico ainda estava na cabine, quando se materializou uma entidade, cujo porte e luminosidade demonstraram-nos grande superioridade. A porta por onde adentrou o recinto evidenciou-lhe a estatura elevada. Profundo silêncio se fez, embora sussurros se fizessem ouvir:
— Emmanuel?!?

Ali estava o abnegado servidor de Cristo, o ex-senador romano!
Arnaldo Rocha assim descreve a profunda emoção causada pela materialização daquela singular e inesquecível presença: A materialização de Emmanuel foi magnífica! Emmanuel é um belíssimo tipo de homem. Atlético, alto, provavelmente 1 metro e 90 centímetros de altura. Sua voz clara, forte, baritonada, suave mas enérgica, impressionou-nos muito. O andar e os gestos elegantes, simples, porém aristocráticos. No grande e largo tórax um luzeiro multicolorido. Na mão direita, erguida, trazia uma tocha luminescente e sua presença sempre irradiava paz, harmonia, beleza e felicidade."
E ele falou a todos:
- Amigos, a materialização é fenômeno que pode deslumbrar alguns companheiros e até beneficiá-los com a cura física. Mas o livro é chuva que fertiliza lavouras imensas, alcançando milhões de almas. Rogo aos amigos a suspensão destas reuniões a partir desse momento.

Pelo visto, a espiritualidade só permitiu essas materializações para atrair o interessa para a doutrina espírita. De fato, não faz muito sentido espíritos ficarem se exibindo para satisfazer a curiosidade humana, a menos que isso sirva para que os humanos se interessem em estudar, progredir, mudar suas atitudes menos nobres, e foi por isso que depois disso Chico se dedicou apenas a psicografar. E psicografou muito.